Tipos de daltonismo: saiba identificar os sintomas

Tipos de daltonismo: saiba identificar os sintomas

Você conhece o sistema de categorização de cores Pantone? Ele serve para gerenciar cores para a moda, o design, a indústria, e assim, padronizar tendências. Anualmente uma cor é escolhida, a de 2023 é a viva magenta. A tonalidade é resultado da mistura das luzes azul e vermelha. Sua cor complementar é o verde. No entanto, nem todo mundo pode apreciar a cor do ano, tampouco nuances sobre ela em função do daltonismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 350 milhões de pessoas são daltônicas no mundo. A condição gera uma anomalia na visão das cores, principalmente entre o vermelho e o verde, cores das quais o magenta, a cor do ano, faz parte do espectro.  Aqui no Brasil, estima-se que 8 milhões de pessoas sejam daltônicas. O daltonismo em mulheres é menos frequente que em homens. Para se ter uma ideia, os casos atingem cerca de um, a cada doze homens, e uma em 200 mulheres.

O que é daltonismo

O Daltonismo é uma condição incurável e genética, em que células da visão chamadas de cone, responsáveis por absorver as cores, falham ao transmitir a informação para o cérebro.  O nome científico da condição é discromatopsia. Mas, o daltonismo não se apresenta de uma única forma. Entenda os diferentes tipos:

  • Daltonismo tricromático: Esse tipo representa 80% dos casos de daltonismo, inclusive no Brasil. Nessa situação, o paciente tem os três cones receptores da cor, no entanto, um deles não funciona como deveria. Pessoas com esse tipo de problema têm dificuldades na percepção do vermelho, do verde, do azul, assim como das diferentes tonalidades dessas cores.
  • Dicromático: quando o paciente não tem um dos cones receptores. Nesse caso, o vermelho é a cor mais difícil de ser distinguida. 
  • Acromático: essa condição é a mais rara, São aqueles pacientes que não distinguem as cores, enxergam tudo em preto, branco e cinza.

Causas do Daltonismo

A causa principal para o surgimento do problema, como dissemos, é genética. Ou seja, filhos que herdam a condição dos pais por uma falha cromossômica. Portanto, o bebê já nasce daltônico. Outras causas para o daltonismo podem ser doenças oculares, como a catarata e o glaucoma, por exemplo. 

Alguém pode se tornar daltônico ao longo da vida? Sim, infelizmente. Entre as causas que podem desencadear o problema, estão as doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e a esclerose múltipla. Alguns medicamentos também podem ser causadores do daltonismo. Por isso, sempre informe seu oftalmologista sobre medicações que esteja consumindo.

Sintomas de daltonismo

Crianças em idade escolar dão mais indícios de dificuldades de visão, por serem constantemente monitoradas por professores e por estarem em atividades constantes. Ainda assim, existem casos de pessoas que só são diagnosticadas depois de adultas, seja por falta de acesso ao sistema de saúde, ou por ter sintomas mais leves, que podem passar despercebidos, levando a pessoa acreditar que tem só uma ‘opinião’ diferente sobre as tonalidades de cores.

O diagnóstico precoce, ou seja, quanto mais cedo a condição for descoberta, auxilia na adaptação da criança e de seus pais e cuidadores.

Conheça os principais sintomas:

  • O sintoma mais conhecido é a dificuldade de distinguir cores, sobretudo o vermelho e o verde.
  • Sabe aquela discussão sobre o verde água e o azul piscina? Ela seria facilmente resolvida com uma tabela Pantone do lado. No entanto, daltônicos sequer conseguem distinguir as tonalidades de cores iguais, e isso vale para todos os tons, quentes e frios.
  • A alta sensibilidade à luz também é um indício de daltonismo. Quando associado a outros sintomas, pode ser um indicativo importante para a condição.
  • Dificuldade para perceber o brilho das cores;
  • Dor de cabeça ou dor nos olhos, ao olhar para cores contrastantes. Mais uma vez, verde e vermelho juntas podem causar desconforto para a visão e acarretar sintomas físicos. Quer um exemplo? Assistir futebol é o entretenimento de muita gente. No entanto, daltônicos podem passar mal ao ver um jogo em que jogadores de camisa vermelha correm sobre o gramado verde. Essa mistura de cores, ainda mais em movimento, é um gatilho para dor de cabeça. O jogo da Copa do Mundo, entre Suíca e Camarões, foi um pesadelo para os daltônicos.

Óculos para daltônicos: como funciona

Nos últimos anos, celebridades como Mark Zuckerberg, o príncipe William e a apresentadora brasileira Ana Furtado revelaram conviver com o daltonismo. E mais do que isso, a famosa passou a dividir seu cotidiano com seus seguidores. Uma das postagens que mais movimentou suas redes foi sobre os óculos para daltonismo. O acessório não tem a função de correção e tratamento como no caso de outras condições oftalmológicas. Os óculos, nesse caso, são paliativos, ou seja, não vão reverter o problema.

As lentes dos óculos, nesse caso, possuem filtros que otimizam o contraste das cores, o que possibilita que cores como o verde e o vermelho possam ser mais bem distinguidas por um daltônico. Ainda assim, é importante lembrar que mesmo com os óculos, os daltônicos não poderão enxergar as cores reais de forma plena, no máximo, terão mais nuances aproximadas das tonalidades originais. Mas fique atento: devido aos diferentes tipos de daltonismo, os óculos não servem para todos os portadores da condição.

Por isso, é importante consultar um oftalmologista para receber orientações precisas sobre os óculos. Além disso, na hora de escolher o acessório, os cuidados básicos não devem ser deixados de lado. O primeiro deles é optar por ópticas certificadas que trabalham com produtos de qualidade e procedência. A Vízia Óptica tem equipe treinada para atender de forma personalizada todas as necessidades oftalmológicas. Fale com uma consultora e agende uma consulta.

Outro ponto importante é optar por lentes com proteção UV, para evitar exposição danosa aos raios solares. Além disso, daltônicos podem ter outros problemas de visão, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, que são tão comuns na rotina oftalmológica. Por isso, é essencial ser acompanhado regularmente por um oftalmologista, manter exames de visão em dia e optar por lentes e óculos de qualidade superior para não acarretar mais problemas oculares.


Deixe um Comentário

Your email address will not be published.