Em um mundo rodeado de fake news, correntes do whatsapp sem embasamento e links duvidosos, saber sobre uma nova cultura, seus costumes, políticas e história passa a ser um trabalho árduo. Que os livros nos levam a outras dimensões e países, leitores aficionados podem concordar. Mas como conhecer realmente uma outra cultura através da literatura ? Qual autor devemos colocar na lista de livros e leituras obrigatórias para entende a realidade de países que nos interessam ?
Buscar conhecimento nunca é demais. E aproveitar um tempo livre para entender mais da política e da economia dos países vizinhos, ou seja, adquirir livros sobre América Latina pode ser um passatempo interessante para esses dias de isolamento social e quarentena. Às vezes, uma leitura mais política pode parecer maçante ou cansativo, pensando em uma nova rotina de trabalho e afazeres domésticos que criamos para nós nesse momento do coronavírus. Mas, nem sempre conhecer outra cultura através da literatura precisa ser um estudo.
Na texto de hoje, selecionamos 4 livros que você deveria ler para conhecer outras culturas da América Latina. Na nossa lista, focamos em artistas latino americanos famosos e um brasileiro com muito conhecimento dos países vizinhos. Trazemos desde biografias, até leituras rápidas e curtas para encaixar na rotina do dia a dia. Confira abaixo um pouco da nossa seleção e boa leitura!
“Confesso que Vivi”, de Pablo Neruda
Nada melhor que começar a lista com um dos maiores escritores de todos os tempos. O poeta chileno Pablo Neruda deixou uma coleção de poesias, poemas e livros que contam de maneira lúdica, singela e verdadeira um pouca da história de seu país. Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1971, Neruda era defensor de uma política de esquerda, Marxista. Amigo de Salvador Allende, presidente do Chile, pré-golpe militar, Pablo Neruda morreu pouco antes do golpe e deixou um enorme legado.
Nossa dica, sua obra autobiográfica “Confesso que Vivi”, na qual narra desde as memórias de sua infância até o duro golpe que derrubou Salvador Allende do governo. Ao longo de 340 páginas, o autor descreve o trajeto da sua vida, recorrendo a uma prosa cheia de imagens poéticas para prender facilmente a atenção do leitor. A obra divide-se em diversos capítulos correspondentes a outras tantas fases da vida do poeta.
“As Veias Abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano
Outro grandeartista latino americano famoso é Eduardo Hughes Galeano, nascido em Montevidéu, o jornalista e escritor uruguaio possui mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Galeano traz em sua literatura gêneros difíceis de se catalogar. Uma mistura de ficção, jornalismo, história e política em páginas e mais páginas. O autor é conhecido como um dos mais aficcionados pelo Antiamericanismo e Anticapitalismo na América Latina no Século XX.
Para que você conheça um pouco mais a cultura dos países da América latina, a nossa dica é um de seus livros mais famosos, “As Veias Abertas da América Latina”. Nele, Galeano traz uma visão crua, direta e autêntica da submissão na história da América Latina, vista como uma vítima desde da chegada dos europeus no final do século XV. Em seu texto, o jornalista e escritor permeia entre os fatos históricos, com análises políticas, sem deixar de lado a sua veia humanista e solidária, de amor pela liberdade de seu povo latinoamericano.
O Livro dos Abraços, de Eduardo Galeano
Que somos fãs de Galeano, assim como o mundo todo, é um fato. Então, nossa dica extra é um livro bem curto, com histórias grandiosas. Ou seja, histórias curtas para que você possa ler pela manhã, na hora da pausa do almoço ou até mesmo antes de deitar. Histórias que vão de cinco linhas até duas páginas, com uma leitura fácil e repletas de poesias e encantamentos. Neste livro, Galeano pretende esmiuçar não só a cultura de povos da América do Sul, como também mitos e lendas que formam aquele povo.
“América
Latina: A Pátria Grande”, de Darcy Ribeiro
Saindo
um pouco dos clássicos, vamos a uma dica de um autor brasileiro.
Darcy Ribeiro foi Ministro da Educação do Brasil e realizou
profundas reformas no sistema e, por isso, foi convidado a participar
de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e
Uruguai. Conhecendo assim muito da cultura e da educação nos países
vizinhos. O escritor, político e antropólogo deixou o Brasil por
causa da ditadura militar de 1964.
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